As centrais sindicais vão
propor ao governo a criação de um fundo de proteção ao emprego financiado com
parte da multa do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), paga pelas
empresas quando há demissão sem justa causa.
A sugestão será apresentada
nesta segunda-feira ao ministro da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, por
representantes das cinco maiores centrais do país.
Desde 2001, as empresas
pagam multa de 50% sobre o saldo do FGTS do funcionário demitido, dos quais 40%
vão para o trabalhador e 10% são depositados no Fundo, de acordo com o
Ministério do Trabalho.
Esse adicional foi criado
por lei complementar para recompor as perdas do FGTS com os planos econômicos
Verão e Collor. Há estudos dentro do governo de que esse prejuízo está
solucionado desde 2006 e, assim, a multa adicional de 10 pontos percentuais não
seria mais necessária.
Os sindicalistas querem
evitar isso e utilizar os recursos, de cerca de R$ 3 bilhões por ano, para
financiar o novo fundo de proteção.
Esse dinheiro poderia ser
utilizado em momentos de crise, compondo parte ou o total do salário de
trabalhadores que poderiam ser dispensados pela empresa, segundo os
sindicalistas.
Pela proposta, os recursos
desse fundo anticrise poderiam bancar cursos de qualificação profissional dos
trabalhadores que seriam demitidos para eles conseguirem uma recolocação no
mercado, entre outras ações.
A reunião, solicitada pelos
sindicalistas, está marcada para as 15h, no Palácio do Planalto. Estão
previstas as participações de representantes da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central
Sindical e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Fonte: Agência Reuters.
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