A
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), juntamente com as
demais centrais sindicais, promoverá uma série de manifestações em todo o País nesta
terça-feira (6), contra o Projeto de Lei 4.330, que
permite a prática sem limites da terceirização de serviços nas empresas e
órgãos públicos.
Em Belo Horizonte, a manifestação terá início na Praça Sete,
no Centro da cidade, com concentração a partir das 12h. No local, as centrais vão
inaugurar um placar com a relação de todos os deputados federais mineiros, para que a população possa acompanhar a
votação de cada um deles ao PL 4.330.
Às 14h, haverá uma passeata pelas ruas da região central
até a sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), onde será
realizado um ato público, passando pela sede da Prefeitura Municipal, Receita Federal, Tribunal Regional do Trabalho (TRT)
e Faemg.
Também está prevista a
abordagem de parlamentares no aeroporto de Internacional de Confins, na Região
Metropolitana, na tentativa de convencê-los a se posicionarem contra o projeto.
Escravidão
Em tramitação desde 2004, o PL deverá ser votado na Câmara
dos Deputados até o dia 13. “Se for
aprovado como está, será a volta da escravidão, pois acaba com a proibição da
terceirização na atividade-fim”, protesta o presidente da CTB Minas, Marcelino
da Rocha.
Segundo
ele, com a terceirização sem limites, as empresas poderão, por exemplo,
terceirizar toda a sua produção e transferir seus funcionários para as
contratadas.
“A
terceirização precariza as condições de trabalho, fragiliza o vínculo de
trabalho, dispersa a organização dos trabalhadores e baixa profundamente os
níveis de efetividade dos direitos dos trabalhadores, seja no setor público ou
privado”, critica Marcelino.
Além
disso, se o projeto for aprovado, caso a empresa terceirizada não honrar com
seus compromissos trabalhistas, a tomadora da mão de obra não terá que arcar
com qualquer responsabilidade. “Isso significa uma verdadeira tragédia na
relação de trabalho no Brasil”, alerta o dirigente da CTB.
Para
barrar o projeto no Congresso, a participação dos trabalhadores e trabalhadoras
nas manifestações, em grande número, é fundamental. “Vamos para as ruas mostrar
nossa força, união e indignação contra a terceirização”, conclama o dirigente
da CTB.
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