A luta das entidades nacionais que defendem a educação pública, entre
as quais a Contee, garantiu uma importante vitória hoje (3) na votação
dos destaques ao Plano Nacional de Educação (PNE). Depois da
significativa conquista representada, na semana passada, pela aprovação
do texto-base do PNE – desfazendo o retrocesso aplicado pelo Senado e
reincorporando, à redação da Meta 20, a determinação de investimentos de
10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação pública – esta
terça-feira foi dia de garantir a ampliação da contribuição da União
para que estados e municípios implementem o Custo Aluno-Qualidade
Inicial (CAQi) e o Custo Aluno-Qualidade (CAQ), instrumentos essenciais
para que todas as escolas brasileiras tenham asseguradas as condições de
infraestrutura, de trabalho e de remuneração justa aos educadores.
Apesar do destaque feito a este ponto por segmentos contrários à
complementação da União, o texto foi mantido em função da batalha
incansável travada pelas entidades.
Todas as articulações para a votação de hoje, bem como a sessão no
Plenário, foram acompanhadas de perto e com intensa mobilização junto
aos parlamentares pela coordenadora da Secretaria de Assuntos
Institucionais da Contee, Nara Teixeira de Souza, pelo coordenador da
Secretaria-Geral, Cássio Filipe Galvão Bessa, e pelo coordenador da
Secretaria de Políticas Sociais, Alan Francisco de Carvalho.
Lamentavelmente, um prejuízo ao PNE acabou sendo aprovado nesta terça,
com a manutenção do artigo 5º do parágrafo 5º do texto. Prejuízo porque,
como já havia sido alertado pela Contee e pelas demais entidades
nacionais, o dispositivo em questão permite contabilizar os recursos das
parcerias público-privadas, como o Fundo de Financiamento Estudantil
(Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni), o Programa Nacional
de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), além das creches e
pré-escolas conveniadas, como investimento público em educação. No
entanto, apesar desse destaque, a Contee ressalta a importância de,
desde o início da tramitação do Plano, terem havido muito mais
conquistas do que derrotas, a começar pela própria ampliação dos
investimentos de 7% – como pretendia a primeira versão do projeto
encaminhado ao Congresso Nacional – para 10%.
Fonte: Contee
Fonte: Contee
O PNE segue agora para a sanção presidencial. E sua aplicação será
diuturnamente acompanhada pela Contee e demais entidades, a fim de que,
de fato, pelos próximos dez anos, tenhamos recursos e políticas voltados
para assegurar uma educação pública, gratuita e de qualidade
socialmente referenciada, fundamental para o desenvolvimento e a
soberania brasileira.
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