3 de mai. de 2018

CTB Minas participa de assembleia de Campanha Salarial do Sindifogos, em Santo Antônio do Monte



Patrões não sentaram para discutir a pauta salarial dos trabalhadores e enviaram proposta de reajuste de 1,81%.




A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Minas participou nessa segunda-feira (30) da assembleia para discutir a pauta da Campanha Salarial dos (as) trabalhadores (as) das fábricas de fogos de artifício em Santo Antônio do Monte e região.



Os donos das empresas de fogos de artifício têm aplicado a nova legislação trabalhista de acordo com o que é conveniente, foi uma das denúncias feitas durante a assembleia. De acordo com a diretoria do Sindifogos, a categoria enviou a entidade patronal uma proposta com o aumento de 6%.



O salário passaria de R$1.069,00 para 1.113,00, a cesta básica deixaria de ser R$ 90,00 e seria R$ 93,71 e a PLR aumentaria de R$ 160,00 para R$ 166,42. Entretanto, a diretoria do Sindicato não obteve resposta alguma e em seguida soubemos pelos funcionários das fábricas que haveria um reajuste de apenas 1,81%. A diretoria do Sindifogos repudia a exclusão durante a negociação e a categoria não concorda com as condições impostas pelos patrões”, disse o presidente do Sindicato licenciado Antônio Camargos dos Santos.



O dirigente da CTB Minas, José Antônio de Lacerda (Jota) fez um breve resumo sobre a conjuntura atual brasileira e falou aos trabalhadores e trabalhadoras presentes sobre a necessidade de lutar por seus direitos. “Nós só estamos aqui para garantir conquistas da classe trabalhadora, nós queremos conversar, queremos negociar porque não trabalhamos com causas individuais, o movimento sindical atua em prol do coletivo. Portanto, acho válido sim que haja tentativas de negociação mesmo sabendo que os patrões desrespeitam a entidade sindical que representa a categoria. Esse é, inclusive, mais um motivo para lutar por seus direitos”, afirmou Jota.



A trabalhadora Débora Aparecida de Oliveira, afastada das funções devido a problemas de saúde, fez sérias denúncias contra os donos das fábricas de fogos de artifício. Ela explica que após a vigência da nova legislação trabalhista, os patrões têm admitido mão de obra sem qualquer tipo de contrato (seja CLT ou contrato de trabalho). 



“Com o índice de desemprego tão alto, os trabalhadores têm aceitado propostas como essa. É interessante ressaltar também que uniformes e equipamentos de segurança não são tratados como prioridade por esses patrões, tornando a realidade da categoria ainda mais arriscada. Hoje vamos trabalhar e não sabemos se vamos voltar para a casa. Devido a cobrança por produtividade é possível encontrar acúmulo de materiais em diversos locais de trabalho, o que por lei é proibido”, revelou Débora.



Os (as) trabalhadores (as) presentes decidiram por enviar uma nova proposta com o aumento de 4%, passando então para R$ 1.092,00 o salário base, a cesta básica passaria para R$ 91,94 e a PLR ficaria R$ 163,28. A direção do sindicato com o apoio da CTB Minas irá fazer uma grande mobilização da categoria e resistir a ofensiva dos empresários.




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