Patrões não sentaram para discutir a pauta salarial dos trabalhadores e enviaram proposta de reajuste de 1,81%.
A Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB) Minas participou nessa segunda-feira (30) da
assembleia para discutir a pauta da Campanha Salarial dos (as) trabalhadores
(as) das fábricas de fogos de artifício em Santo Antônio do Monte e região.
Os donos das empresas de fogos de
artifício têm aplicado a nova legislação trabalhista de acordo com o que é
conveniente, foi uma das denúncias feitas durante a assembleia. De acordo com a
diretoria do Sindifogos, a categoria enviou a entidade patronal uma proposta
com o aumento de 6%.
O salário passaria de R$1.069,00
para 1.113,00, a cesta básica deixaria de ser R$ 90,00 e seria R$ 93,71 e a PLR
aumentaria de R$ 160,00 para R$ 166,42. Entretanto, a diretoria do Sindicato
não obteve resposta alguma e em seguida soubemos pelos funcionários das
fábricas que haveria um reajuste de apenas 1,81%. A diretoria do Sindifogos repudia
a exclusão durante a negociação e a categoria não concorda com as condições impostas
pelos patrões”, disse o presidente do Sindicato licenciado Antônio Camargos dos
Santos.
O dirigente da CTB Minas, José
Antônio de Lacerda (Jota) fez um breve resumo sobre a conjuntura atual
brasileira e falou aos trabalhadores e trabalhadoras presentes sobre a
necessidade de lutar por seus direitos. “Nós só estamos aqui para garantir conquistas
da classe trabalhadora, nós queremos conversar, queremos negociar porque não
trabalhamos com causas individuais, o movimento sindical atua em prol do
coletivo. Portanto, acho válido sim que haja tentativas de negociação mesmo
sabendo que os patrões desrespeitam a entidade sindical que representa a
categoria. Esse é, inclusive, mais um motivo para lutar por seus direitos”,
afirmou Jota.
A trabalhadora Débora Aparecida
de Oliveira, afastada das funções devido a problemas de saúde, fez sérias
denúncias contra os donos das fábricas de fogos de artifício. Ela explica que
após a vigência da nova legislação trabalhista, os patrões têm admitido mão de
obra sem qualquer tipo de contrato (seja CLT ou contrato de trabalho).
“Com o
índice de desemprego tão alto, os trabalhadores têm aceitado propostas como
essa. É interessante ressaltar também que uniformes e equipamentos de segurança
não são tratados como prioridade por esses patrões, tornando a realidade da
categoria ainda mais arriscada. Hoje vamos trabalhar e não sabemos se vamos
voltar para a casa. Devido a cobrança por produtividade é possível encontrar
acúmulo de materiais em diversos locais de trabalho, o que por lei é proibido”,
revelou Débora.
Os (as) trabalhadores (as)
presentes decidiram por enviar uma nova proposta com o aumento de 4%, passando
então para R$ 1.092,00 o salário base, a cesta básica passaria para R$ 91,94 e
a PLR ficaria R$ 163,28. A direção do sindicato com o apoio da CTB Minas irá
fazer uma grande mobilização da categoria e resistir a ofensiva dos
empresários.
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