7 de abr. de 2020

No Dia Mundial da Saúde, CTB-MG cobra mais investimentos para o SUS


Hoje, Dia Mundial da Saúde, a praça Sete de Setembro, região central de Belo Horizonte, amanheceu com várias faixas em defesa do SUS.

Em uma das faixas, lia-se: “Não é uma gripezinha, Bolsonaro. Mais SUS, menos coronavírus. #FicaEmCasa”.

A ação foi organizada pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil de Minas Gerais (CTB-MG), Coletivo de Saúde do PCdoB, União da Juventude Socialista (UJS) e o mandato do vereador Gilson Reis (PCdoB).

A presidenta da CTB-MG, Valéria Morato, afirma que o objetivo é chamar a atenção da população para a gravidade da pandemia. Em todo o mundo, mais de 1 milhão de pessoas já foram infectadas. 

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, 553 pessoas morreram vítimas do novo coronavírus.

“Essa pandemia nos faz refletir sobre a importância do SUS que tem como principal missão atender todos os brasileiros. Precisamos defender o sistema público e cobrar do governo mais investimentos e valorização dos profissionais da saúde”, afirma a presidenta da CTB-MG.

Valéria Morato também chama a atenção para a importância de se ficar em casa neste momento, conforme preconiza da Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Só assim podemos conter a disseminação do vírus”, lembra ela.

Em outros locais da cidade, como na praça da Liberdade, faixas também foram colocadas para lembrar a importância do SUS.

PEC da morte

A Emenda Constitucional 95, mais conhecida como PEC da Morte, diminuiu ainda mais os recursos destinados ao SUS. Promulgada em 2016, a PEC 95 congelou os investimentos públicos nos próximos 20 anos.

O médico psiquiatra Paulo César Machado Pereira, que trabalha na Gerência de Promoção à Saúde do SUS-BH, defende o fim dessa medida.

Sobre o novo coronavírus, Pereira também é enfático ao ressaltar a importância de se ficar em casa para evitar a contaminação. O médico critica a postura do presidente Bolsonaro que, segundo ele, está na contramão do mundo ao pedir o fim do isolamento social.

“A postura de Bolsonaro é inadequada. Precisamos evitar aglomerações ao máximo, mas vejo que a população, na sua maioria, está colaborando. Provavelmente, o pico da doença será neste mês. Por isso, atitude mais segura é ficar em casa”, pede ele.

Segundo o médico, as pessoas devem procurar o serviço de saúde somente se apresentarem febre alta, ou seja, nos casos mais graves.

“Sintomas mais leves, é melhor ficar em casa, onde o risco de contrair uma infecção é menor”, recomenda ele.

Pereira lembra que, em caso de dúvidas, o cidadão pode ligar para o serviço de tele atendimento da Prefeitura de BH (PBH) no número 156.

Mais informações sobre o coronavírus, acesse o site da PBH no link abaixo:

https://prefeitura.pbh.gov.br/noticias/informacoes-sobre-coronavirus-covid-19

Fotos: Anderson Pereira e Coletivo Alvorada












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